Já tenho muitas saudades da Madeira. Do conforto, da segurança, do à vontade que há entre as pessoas mas acima de tudo saudades dos meus amigos! Aqueles com quem brincava em puto à bola, às escondidas e até mesmo aos engates. Culpado! Sim, mas eram brincadeiras semi-adolescentes. Depois mais para a frente as saídas à noite. As 'disputas' entre quem entrava ali e quem não entrava. Tenho saudades da calma que existe na madeira. Das flores, das serras, do mar! Tenho saudades da grande poncha, da coral e das nikitas. Quero muito que chegue ao Natal para poder finalmente aterrar naquela terra abençoadamente invejada. Quem a conhece sabe do que falo. Quero abraçar os meus pais com toda a força pois se não fosse por eles eu nunca estaria onde estou. Quero estar lá para poder telefonar aos meus amigos a convidar para sairmos, quero estar lá simplesmente para deitar-me na minha cama, quero estar lá para estar a olhar para o meu quarto, quero estar lá para mostrar aos meus pais no homem que me estou tornando, quero cozinhar para eles, quero correr o Funchal todo, subir e descer como muitas vezes fiz apé sem me queixar nem um bocadinho, quero ir com amigos apé do Pilar até as Pubs e Discos, quero passar pelo cais e inspirar bem fundo, quero ir ao Dolce Vita do Funchal, quero passar na rua do Liceu, quero comer uma pizza no Cyber ao pé do Liceu, quero assistir aos alunos que ficam nessa rua a espera de entrarem no carro para uma aula de condução como eu passei a bem pouco tempo e quem sabe talves dar uma conversinha com o meu ex instrutor, quero acordar e poder dizer que estou na Madeira, quero ir as janelas e ver o quão bonita é a minha ilha, quero tocar no mar novamente e quero voltar para Coimbra determinado a vencer na vida!
Até já. Até logo. Até um dia. Adeus.
