Apagamos muita coisa...

Apagamos muita coisa,
de 5 dias muito unidos.
Elogias-te a minha camisa,
deixaste-nos repartidos.

Caminhando com as horas,
prevendo o futuro.
Tantas solturas, tantas solteiras,
já nem a mim me aturo.

Já nada é como isto,
mas muito menos como aquilo.
tudo o resto desonesto,
só aqui eu rejubilo.


Krst Freitas

Dizes que terminaste...

Dizes que terminaste,
conseguiste ser incontornável.
Olhaste e a mim chamaste,
de uma maneira interminável.

Ciumento aqui estou eu,
com as mãos na consciência.
Até a mim me doeu,
o teu coração de paciência.

Escrevo isto para o futuro,
para que ele possa cá chegar.
De gemido e grito puro,
mostrando-lhe que consigo pensar.

Despeço-me com um olá,
um adeus e um até já.
Detesto estes finais,
acho-os tão triviais.


Krst Freitas

Toco-te de relance...

Toco-te de relance
de olhos ansiosos
apostando numa chance
de ganhar esses saborosos

Choras e nada dizes
morro ao assistir
Corações infelizes
de não me deixares intervir.


Krst Freitas

Já lá vai...

Já lá vai um tempo. Deixei de acreditar em contos de fadas, comecei a acreditar em trabalho, persistência e em amor. Parti para um novo mundo bastante desconhecido. E senti-me tal e qual a um cãozinho quando é entregue a uma nova família sem saber para onde olhar, a quem dar mais atenção, a quem dar mais confiança, à procura da sua nova casota. Tenho a certeza que estou perdido e deixo-me ir ao sabor do vento sem mover um único músculo em direcção oposta. Mas isto vai mudar e não simplesmente mudar por que tem de ser. Contrario-me a mim mesmo. Porque o que estou aqui simplesmente a dizer é que tenho de mudar porque tem de ser. E porquê? Porque ainda não mudei.

Hoje, ouvi a chuva.
Abri a janela transcorra
Pousei a luva
e levantei minha guitarra

Recebi um sinal
De que devia ficar há janela
imaginando o meu final
contigo paralela